sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Família de urutau no campus universitário

Antes, era apenas uma ave. Seria o filhote, que veio acompanhado da mãe e do pai que vieram depois para constituir a família  que adotou o Campus Universitário da Unesp, como sua moradia permanente.

O Repórter cinematográfico Luciano Vieira (da TV Fronteira/Rede Globo), documentou em vídeo para o Programa "Fronteira do Brasil", a presença do Urutau no Parque Ecológico da FCT/UNESP em Presidente Prudente.

Aqui, a presença do Ambientalista Oronço Fleury da Costa, entrevistado pela Repórter e Produtora do Programa "Fronteira do Brasil" (HD), Vivian Padovan. O assunto teve a mais ampla repercussão.
Há muito tempo se fala na existência de aves exóticas no Parque Ecológico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp  em Presidente Prudente.  O cantar dos pássaros tornou-se uma rotina em todas as horas do dia ou da noite. Recentemente foi detectada a presença de um gavião que engole “cobre viva”, urubus e casais de Bem-te-vi. Agora, o maior interesse é despertado para a presença constante de uma família de Urutau - que aliás -  já mereceu reportagem especial da TV Fronteira/Rede Globo.
Urutau, Jurutago ou Urutago é um das espécies de aves ou pássaros raros. É classificada na categoria de aves da mitologia folclórica, tidas como “donas da noite”. Com voos corujantes não ouvidos por seres humanos é também conhecida por “Ave fantasma” ou “Mãe da lua” pelo seu canto triste e até melancólico. No Dicionário Aurélio não existe a menor referência sobre essa ave.

A Ong Ambiental Asedema, sediada na cidade de Álvares Machado (sob a coordenação do ambientalista Oronço Fleury Costa), desenvolve o monitoramento e preservação dessas e outras aves na região de Presidente Prudente. Há mais de 8 anos se estuda o modo de vida dessa ave, através de cadastramento de dez casais, em função da interação da comunidade urbana com esse projeto. A migração é atribuída principalmente ao elevado índice de desmatamento que vem ocorrendo nos últimos anos, conforme relatório de qualidade ambiental da Secretaria do Meio Ambiente.

Com a destruição de seu habitat natural – cujo desmatamento ocorreu com uma incidência de 99,2% no município de Álvares Machado - as aves (incluindo o Urutau), buscaram refúgio em remanescentes florestais mais próximos. E a escolha foi o Campus da Unesp em Presidente Prudente, que é dotado de uma arborização diversificada com árvores silvestres e frutíferas. Além disso, conta com excelente iluminação, que atrai insetos aos milhares, tornando-se fácil sua captura como fonte de alimentação para as aves noturnas.
Pelas informações do Fleury Costa à Repórter Vivian Padovan (Produtora do Programa Fronteira do Brasil/HD), a fêmea do Urutau põe apenas um ovo, que é chocado no ninho existente na ponta dos galhos de árvores secas pelo macho. Como defesa, a ave tem que enfrentar os predadores naturais de pequeno porte durante o dia, representados por cobras e gaviões. À noite, o maior perigo é representado pela perseguição feita pelas Corujas que vivem nas imediações.

No “mimetismo” a ave tem a capacidade de se camuflar como defesa natural, com sua cor acinzentada que mais se parece com tronco de madeira, ou o prolongamento de um galho seco. Além disso, conta com um “olho mágico”, equivalente a uma fenda sobre os olhos demonstrando estar fechados; porém, consegue enxergar e desenvolver um vôo rápido e inesperado, para se livrar do ataque desfechado  pelos predadores.
Fleury, o dirigente da Ong Ambiental Asedema explica que a espécie animal conhecida por “Urutau” foi a escolhida para o monitoramento e preservação, devido ao fascínio que a mesma exerce sobre o homem. Diz ele que são inúmeros os casos, lendas, poesias, estórias e contos do folclore brasileiro envolvendo aves noturnas como o Urutau, o que justifica plenamente a necessidade de sua preservação no meio ambiente

Um comentário: